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Praça dos Três Poderes é interditada para visitação após decisão de Moraes

 

Polícia Militar reforça segurança e fecha acesso ao principal ponto turístico institucional de Brasília. Acesso ao restaurante Casa de Chá também foi fechado





A Praça dos Três Poderes, um dos cartões-postais mais emblemáticos de Brasília, amanheceu fechada neste sábado (26/7) para visitação pública. A Polícia Militar do Distrito Federal instalou grades de contenção e bloqueou os acessos aos prédios do Palácio do Planalto, Supremo Tribunal Federal (STF) e Congresso Nacional. 

Foram instaladas grades de ferro e barreiras ao longo de toda a praça, bem como nos perímetros dos edifícios dos três poderes, visando impedir a circulação de manifestantes e a montagem de acampamentos, como o iniciado pelo deputado bolsonarista Hélio Lopes (PL-RJ) na sexta-feira (25/7). O trânsito segue liberado na área.

Como consequência, a Casa de Chá, cafeteria e centro de atendimento ao turista projetada por Oscar Niemeyer, localizado no subsolo da praça, também foi fechada ao público neste sábado. Até o meio-dia, não havia previsão de reabertura do espaço aos visitantes.

Presença de deputado motivou alerta

A medida cumpre determinação do ministro Alexandre de Moraes, que ordenou a retirada imediata de qualquer tipo de acampamento em áreas institucionais da capital. A decisão veio após o deputado federal Hélio Lopes, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, montar uma barraca em frente ao STF na tarde de sexta-feira, em ato simbólico com outros parlamentares da base bolsonarista, especialmente o Coronel Chrisóstomo (PL-RO). 

"A Praça dos Três Poderes é área de segurança e não será permitido que, apoiadores de diversos réus, que estão sendo processados e serão julgados no segundo semestre desse ano pelo Supremo Tribunal Federal, organizem novos acampamentos ilegais para coagir os ministros de nossa Suprema Corte, na tentativa de obstrução à Justiça", escreveu Moraes na decisão.

O parlamentar também informou por meio da internet que, apesar de estar em uma manifestação pacífica, foi convidado a se retirar do local pelo Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Torres Avelar. "Respeitosamente, informo: não sairemos", publicou Lopes.

Na decisão, o ministro lembrou os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. “É vedada qualquer ocupação ou obstrução da Praça dos Três Poderes. A tentativa de repetir os acampamentos golpistas que antecederam os ataques de 8 de janeiro exige uma reação proporcional do Estado”, disse na decisão.

O grupo chegou ao local no fim da tarde, mas desmontou o acampamento na madrugada, após negociação com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). Nas redes sociais, Hélio Lopes, também conhecido como Hélio do Bolsonaro, publicou imagens do acampamento. Durante a permanência no local, o parlamentar manteve uma fita adesiva nos lábios e alegou que estava sob "jejum de palavras".

Além da desocupação imediata, a decisão de Moraes proíbe novas mobilizações em um raio de até 1 km da Praça dos Três Poderes, da Esplanada dos Ministérios e de quartéis das Forças Armadas. O descumprimento da medida pode levar à prisão por desobediência ou resistência.

A região é considerada um símbolo da democracia brasileira e importante ponto turístico pela arquitetura e representatividade institucional. Ainda não há previsão de reabertura da praça para visitação.



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